19 de outubro de 2015

Estes últimos dias têm sido muito difíceis para mim. A tensão diária, as responsabilidades e o próprio clima da cidade me fazem acordar a cada manhã com um certo pavor do que me aguarda nas próximas horas.

Pelo que minha memória alcança no passado, eu sempre tive a atitude de um cavaleiro medieval indo para guerra: todas as manhãs eram um ritual de vestir e prender firmemente a armadura, e olhar para o futuro como se este fosse um dragão a ser combatido, contra o qual teria poucas chances de sobrevivência.

Não consigo agora calcular de onde surgiu esse desconforto cotidiano em viver, nem a origem desta capacidade de me cercar de proteção. Ou seria, na realidade, incapacidade de ser quem eu realmente sou e fazer com que o mundo, este dragão voraz, me aceite e me respeite, queira ele ou não?

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